A
partir do segundo semestre, mais duas vacinas farão parte do calendário de
imunização das crianças. As novidades são a inclusão da vacina injetável contra
a paralisia infantil e a pentavalente, que imunizará contra cinco doenças e
substituirá a tetravalente.
A
entrada no calendário de imunização da vacina injetável contra paralisia
infantil não vai implicar a retirada da dose em gotinhas da lista. A diferença
entre as duas é que a vacina injetável usa o vírus morto e, a segunda, o vírus
vivo atenuado (mais fraco).
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a vacina injetável diminui
os riscos da criança sofrer eventos adversos após a vacinação, como uma
paralisia infantil pós-vacinal. O efeito é raro, mas passível de acontecer. Em 2011,
foram detectados dois casos suspeitos de paralisia infantil pós-vacinal no
país. A vacina injetável tem maior eficácia nas primeiras doses em comparação à
oral.
Segundo
o ministro, a vantagem da vacina oral é proteger um grande número de crianças,
mesmo quem não foi imunizado. “A vacina oral causa um efeito rebanho. Mesmo as
crianças não vacinadas, são protegidas quando vacinamos várias crianças. A oral
é eliminada nas fezes da criança e, nos locais onde há pouco saneamento básico,
causa um efeito de proteção no ambiente”, explica o secretário de Vigilância em
Saúde, Jarbas Barbosa. A injetável será aplicada nos bebês com 2 e 4 meses de
idade e, a oral, no reforço aos 6 e 15 meses.
Com
a vacina antipólio injetável, o campanha contra a paralisia infantil em 2012
muda. Em vez de duas mobilizações nacionais contra a doença, na primeira etapa
da campanha, prevista para 16 de junho, as crianças com menos de 5 anos de
idade vão tomar a vacina oral, independentemente de terem sido vacinadas antes.
Já na segunda fase, em agosto, os pais devem levar os filhos para tomar outras
vacinas que estiverem atrasadas. Quem tiver perdido o cartão, pode procurar o
posto, mesmo sem o documento, para atualizar as vacinas.
A
injetável tem sido adotada em países sem registro de casos de pólio. O Brasil
não tem caso da doença há mais de 20 anos. No entanto, a Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS) recomenda que as nações mantenham a vacinação
oral até que a pólio seja eliminada em todo o mundo. Em pelo menos 25 países, o
vírus continua a circular e a doença é considerada endêmica.
Já
com a inclusão da vacina pentavalente, o objetivo é imunizar a criança contra
cinco doenças em uma única dose: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e
hepatite B. Os pequenos serão vacinados aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Atualmente, as crianças tomam a tetravalente, contra quatro doenças, e também a
vacina contra a hepatite B.
Será
mantido o reforço de difteria, tétano e coqueluche, sendo o primeiro a partir
do primeiro ano de vida e o segundo, entre 4 e 6 anos de idade. O
récem-nascidos devem continuar recebendo a primeiro dose da vacina contra
hepatite B nas primeiras 12 horas de vida para evitar a transmissão vertical da
doença, de mãe para filho.
Informação do blog Saúde com Dilma

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